quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Combate à dengue X urbanismo

Vista aérea de Rio Branco-AC.

O problema da dengue aqui em Rio Branco é alarmante, e não é só uma questão dos poderes públicos. É sabido que a maior parte do município não é saneada e também não recebe água potável, em muitas residências a água é obtida através de poços artesianos ou poços amazônicos. Como estamos no período de chuva – o inverno amazônico-  muita gente usa a caixa d`água sem a tampa para reservar a água pluvial. O que poderia ser louvável, se olharmos sob o ponto de vista ecológico, porém, essa necessidade básica, ao qual todo cidadão tem direito, torna-se uma arma contra ele mesmo. Pois é aí que o mosquito deposita suas larvas. Mas também não é só isso, o acúmulo de coisas inúteis nos quintais, vasos, pneus, entulho, enfim. Tenho visto o “caminhão da Prefeitura” retirar tanto lixo das casas, que parecem que passam o ano acumulando, esperando o poder público passar para limpar os seus quintais.
Entulhos na rua que foram retirados das casas- à espera da coleta.

Manter a área externa da casa limpa é uma tarefa para ser feita ao longo do ano, e cada morador deve ser responsável por isso. E aos poderes públicos cabem fornecer água potável, saneamento básico, ruas asfaltadas, postos de saúde adequados, aliás, atuar com prevenção para evitar a superlotação nos centros de saúde. E isso se faz com planejamento e projeto urbanístico, é aí que entra o arquiteto e urbanista - ao contrário do que muitos pensam, arquiteto não só desenha - juntamente com uma equipe de engenheiros civis, sanitaristas, ambientais, entre outros, para a elaboração de projetos urbanísticos, que irão contemplar toda infraestrutura necessária a urbes, ou seja, à cidade e ao cidadão, melhorando a qualidade de vida e fazendo com que o seu desenvolvimento não acarrete problemas futuros. Como por exemplo, a ocupação em áreas irregulares, o que dificulta a ação do poder público em fornecer a infraestrutura básica.  Recentemente, vimos as tragédias ocorridas, em Petrópolis e Teresópolis, fruto da falta de um bom planejamento urbanístico e habitacional, somado a outros fatores.
Cada cidadão deve combater o mosquito. Esse não é o primeiro ano que a epidemia ocorre, portanto todo mundo já sabe o que deve ser feito. Vamos cuidar, porque dengue mata, e apesar de ser repetitivo é uma verdade. Quanto a nós, urbanistas e futuros, vamos continuar tentando conscientizar a população e os poderes públicos quanto à importância de um planejamento adequado.

Fontes das imagens:

http://www.pmrb.ac.gov.br/v4/index.php?option=com_phocagallery&view=detail&catid=2&id=12&tmpl=component&Itemid=46


Um comentário:

  1. è impressionante a capacidade da população em transferir a responsabilidade para o governo.... Muito bom edfa viviane, pq vc não cria uma ONG para mitigar o maximo essas ocorrencias? como pude notar vc é uma pessoa perfeita para liderar essa frente.
    Abraços,
    Bruno Say

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